» ESTEVE QUASE

Foto: AFP

[mundial06] É triste perder assim, sobretudo quando somos superiores ao adversário que realmente interessa, de entre os dois (ou três) contra quem jogámos ontem… A tradição manteve-se e Portugal perdeu de grande penalidade. O amargo de boca que mais de 10 milhões sentem, é o mesmo que o ingleses também ainda devem sentir, já que a eles também lhe saiu na rifa a mesma tradição.

É certo que o que conta para a história são os números: a França ganhou, por isso, está na Final do Mundial. Compreende-se, no entanto, o agastamento de alguns atletas, técnicos e dirigentes portugueses no final do jogo, ao reconhecerem que, apesar de termos sido superiores na modalidade que dá o mote à prova, há questões geográficas, mas sobretudo politicas, que continuam a fazer de Portugal um país pequeno. Como dizia Costinha: «os jogos não se ganham só dentro das quatro linhas!» E falou bem (infelizmente), porque, diga-se em abono da verdade, da perspectiva dos interesses económicos e de marketing, um Itália x França é sempre muito mais apetecível do que um Itália x Portugal (o outsider)!

Chamem-lhe mau perder, o que quiserem, no entanto, há resultados conquistados com este Mundial que, independentemente de um possível 3º lugar (igual ao dos Magriços), ficarão para a história de Portugal. Quem levar a taça, terá a glória de uns momentos, dias, meses… na melhor das hipóteses quatro anos, até ao próximo Mundial. Os portugueses, no entanto, se não se esquecerem tão depressa, olharão para trás e verão o clima criado no nosso país desde o Euro 2004. Graças ao senhor Scolari, o “interruptor” da alma lusitana voltou a ser acendido. Se este efeito Euro/Mundial for canalizado para a vida prática do dia-a-dia (família, escola, trabalho), todos ganharemos. Pode ser que, assim, qualquer dia talvez possamos jogar também, fora do rectângulo de jogo, de igual para igual com outras potências.

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