» SEJA FEITA A V/ VONTADE

A cumprir-se esta sondagem, Portugal obterá o melhor resultado de sempre

» TIME OUT: 1/8 FINAL

[mundial06] Em período de repouso, antes dos 1/4 final, o habitual olhar sobre a ronda anterior:

Passas tu ou passo eu? O Argentina x México teve o condão de ser um dos jogos mais emotivos, se não mesmo o mais emocionante, desta fase. Para uma Argentina que se esperava inicialmente favorita, as coisas não começaram a correr bem. Os mexicanos adiantaram-se no marcador bem cedo e demonstraram que tinha cabimento o alerta feito por Scolari. Afinal os homens “del sombrero” ocupam actualmente o 4º lugar no ranking da FIFA. Os argentinos lá conseguiram empatar, mas só no prolongamento, com uma obra-prima de Maxi Rodriguez conseguiram bater o importuno México.

“Até com a minha barriguinha marcava!” A frase é do falecido jornalista desportivo Jorge Perestrelo, mas pode aplicar-se ao “9” da selecção canarinha. É o dorsal de Ronaldo que, por norma, corresponde os craques encarregues de, lá na frente, fazerem a delicia dos adeptos: os golos. Muitos houve, que criticaram o excesso de peso (inclusive o presidente brasileiro, Lula), mas o avançado do Real Madrid mostrou que continua aí para facturar. Frente ao Gana, de quem se esperava mais neste jogo, além do golo de Ronaldo, o Brasil marcou mais dois e seguiu rumo ao encontro da França nos 1/4 final.

Olé… Olé… Olé… Uma expressão tipicamente espanhola e que se aplica, no futebol, à equipa que está a dar um banho de bola ao adversário. Aos adeptos do país vizinho, deve ter custado engolir esta expressão, uma vez que estavam excessivamente confiantes antes do jogo com a França. Ora, como os excessos “fazem mal à saúde”, os vencedores do Mundial de 1998 mostraram que quem sabe nunca esquece e “enrolaram” os espanhóis, qual crepe francês. Que o digam Vieira e Zidane que, já perto do final do encontro, carimbaram a passagem à próxima fase, depois da promessa Revery ter empatado a uma bola. O Brasil x França será, certamente, uma das finais antecipada.

» ADIOS Y VAMOS A SAMBAR

Foto: AFP

[mundial06] O dia de ontem fica marcado pelo ritmo do samba. Do baile que a selecção canarinha deu ao Gana, passando pelo “ressurgimento” de Zidane, que levou a Espanha a dançar fora do Mundial, assim sem fez o último dia de 1/8 final. No primeiro jogo do dia, o Brasil venceu, com relativa facilidade, o Gana por 3-0. Destaque para Ronaldo que fez o seu terceiro golo no Mundial, apesar das críticas à sua “barriguinha”.

Por falar em análise critica, e porque aqui foi alvo dela, merecidamente, a França está de volta! Depois de um mau arranque, os franceses despacharam apenas uma das melhores selecções presentes na Alemanha. Um verdadeiro sapo que os media espanhóis devem estar a engolir neste momento. Para quem dava a passagem de Espanha aos 1/4 final como garantida, Ribery, Vieira e Zidane (na imagem a fixar o resultado em 3-1) fizeram questão deixar a sua marca.

Foto: AFP

[mundial06] Itália e Ucrânia são as selecções apuradas, no que se refere ao terceiro dia de 1/8 final. Os italianos venceram por 1-0 os surpreendentes australianos que, só foram afastados por um erro de arbitragem. Um cartão vermelho mal exibido ao defesa Materazzi e uma grande penalidade inventada, já perto do final do jogo, ditaram a “brilhante” exibição do árbitro. A Austrália não merecia…

Quanto aos ucranianos, levaram a melhor sobre os suíços na lotaria das grandes penalidades. Numa atitude típica de Leste, Shevchenko & Co. tiveram a frieza de concretizar três remates, enquanto que os suíços nem um marcaram (3-0).

» PORTUGUÊS SOFRE

Foto: AFP

[mundial06] Tal como se previa, dois jogos muito equilibrados, disputados e decididos pela margem mínima. Em ambos os casos por 1-0. A primeira selecção a sair vitoriosa foi a Inglaterra. O Ecuador foi um osso duro de roer, como já tinha aliás demonstrado na primeira fase, e só Beckham, de livre, consegui alvejar as redes adversárias.

Pela frente os ingleses vão encontrar a armada lusa, que sofreu a bom sofrer para derrotar a Holanda. Uma laranja que teve que ser muito bem espremida e um árbitro que mais valia ter ficado na sua terra natal, a Rússia. A não punição com vermelho directo, logo aos 5 minutos, a Boulahrouz, por entrada violenta sobre Ronaldo (acabou por sair lesionado), permitiu que as equipas descambassem nos restantes 85 minutos. Resultado, 16 amarelos e 4 vermelhos, naquele que entrou para a historia dos mundiais como o jogo com mais cartões. É triste…

Indisciplinas à parte, um golo bastou (na imagem), a culminar uma bela jogada do conjunto luso, para que van Basten e os seus pupilos fizessem as malas de regresso ao país das tulipas. Quanto a Portugal, vai medir forças com a Inglaterra. Tal como sucedeu com a Holanda nas 1/2 finais do Euro 2004, esperemos que o mesmo desfecho também se repita frente aos ingleses…

» DUELO DE TITÃS

Foto: AFP

[mundial06] É a conjugação ditada para os 1/4 final, depois dos resultados de ontem: Alemanha x Argentina. Duas das selecções que melhores argumentos tem apresentado neste Mundial, vão medir forçar no próximo round. Pena que alguém vai ficar pelo caminho, já que qualquer uma tem legitimidade para estar na final. Perspectiva-se, por isso, um grande jogo.

Relativamente aos dois primeiros jogos dos 1/8 final, a selecção anfitriã, ou melhor, o jovem Lukas Podolski, derrotou a Suécia por 2-0. Apesar de nesta fase já não haver favoritos, segue em frente quem melhor se apresentou na fase de grupos.

Já o Argentina x México, foi apenas o embate do dia. Jogo emotivo, aberto e apenas decidido no prolongamento. Os adversários de Portugal na primeira fase foram os primeiros a marcar, mas os argentinos empataram logo de seguida. Nos 30 minutos de tempo extra o recém entrado Maxi Rodriguez fez um golo soberbo (na imagem), que garantiu a passagem da selecção do seu país para os 1/4 final.

» TIME OUT: FASE DE GRUPOS

[mundial06] Se para uns esta é a altura do adeus, para quem integra o restrito lote de 16 selecções que está na segunda fase, o sentimento é de expectativa. Surpresas houve, tanto do lado dos vencedores como dos vencidos. Aqui fica um breve olhar sobre os qualificados e os afastados de cada grupo:

GRUPO A: Alemanha, Equador, Polónia e Costa Rica.
A selecção anfitriã entrou a todo o gás (venceu na estreia 4-2 a Costa Rica) e foi das poucas a terminar a fase de grupos só com triunfos, já o Equador revelou-se a principal surpresa deste Mundial. Da Polónia esperava-se um pouco mais, inclusivamente a passagem aos 1/8, enquanto que da Costa Rica pouco ou nada há a dizer: 3 jogos outras tantas derrotas.

GRUPO B: Inglaterra, Suécia, Paraguai e Trinidade e Tobago.
Numa disputa a três, levaram a melhor as formações inglesa e sueca. Os paraguaios bateram-se bem frente às selecções que passaram à próxima fase, mas acabaram por sair derrotados pela margem mínima (0-1). Quanto aos tobaguenhos, começaram por prometer muito (empate a 0 com a Suécia), mas acabaram por ser os primeiros a dizer adeus ao Mundial.

GRUPO C: Argentina, Holanda, Costa do Marfim e Servia Montenegro.
Este grupo continha uma das mais sérias candidatas ao título, a Argentina, o que se veio a comprovar no decorrer dos três jogos. Apenas um empate (0-0) frente à Holanda, que fez o que lhe competia e segue em frente. O regresso da Costa do Marfim é feito com um travo amargo, já que esta selecção mostrou qualidades para estar no grupo das 16. Frente aos favoritos perdeu apenas por um golo de diferença (1-2). A Servia Montenegro foi uma das decepções do Mundial. Depois de uma fase de qualificação impressionante (venceram o grupo da Espanha), saem da Alemanha com zero pontos e com uma goleada histórica: 0-6 frente à Argentina.

GRUPO D: Portugal, México, Angola e Irão.
Um grupo sem novidades, já que os favoritos fizeram o seu papel. Com três vitórias, Portugal juntou-se ao grupo de quatro selecções que conseguiram 9 pontos (Alemanha, Brasil e Espanha). Os mexicanos tremeram até aos últimos minutos do jogo contra os portugueses, mas acabaram por passar esta fase. Os “culpados” foram os “Palancas Negras” que, na sua estreia num Mundial, estiveram muito próximos da qualificação. Ainda assim, conseguiram dois pontos, fruto de dois empates frente ao México e Irão. Os iranianos regressam a casa, como, aliás, já todos esperavam.

GRUPO E: Itália, Gana, República Checa e EUA.
No grupo mais equilibrado do Mundial, houve uma confirmação e duas surpresas. A Itália, como clara favorita, segue em frente, tal como a surpreendente selecção do Gana. Os africanos apenas perderam com os italianos, tendo derrotado de seguida checos e norte-americanos. A República Checa foi, provavelmente, a maior desilusão. Começaram bem (3-0) frente aos EUA mas logo desabaram (duas derrotas). Num grupo como este, pouco havia a fazer por parte dos norte-americanos que, assim, regressam mais cedo.

GRUPO F: Brasil, Austrália, Croácia e Japão.
Muitos furos abaixo do futebol espectáculo de que se esperava dos seus intérpretes, o Brasil foi acima de tudo eficaz. Surpresa, ou talvez não, foi a Austrália que, sob o comando de Guus Hiddink (o mesmo que levou a Coreia do Sul ao 4º lugar em 2002), arrebatou o segundo lugar e consequente qualificação. A “penalizada” com este feito histórico dos australianos foi a Croácia que, com apenas dois pontos obtidos, regressa mais cedo a casa. O Japão também não esteve melhor, já que lhe coube o ultimo lugar um ponto alcançado.

GRUPO G: Suiça, França, Coreia do Sul e Togo.
Exceptuando o Togo que, tal como se esperava, ficou no último lugar, sem qualquer ponto, este foi um grupo de surpresas. A começar pelo primeiro lugar da Suiça, a única selecção que não sofreu golos nesta fase! Seguiu-se a França que, incrivelmente, só se qualificou no último jogo… e porque marcou dois golos. Futebol de fraca qualidade o apresentado por Zidane & Co. De regresso a casa está a surpresa de há quatro anos, a Coreia do Sul.

GRUPO H: Espanha, Ucrânia, Tunísia e Arábia Saudita.
Nada de novo no último grupo. Qualificaram-se as naturais candidatas aos dois primeiros lugares: Espanha e Ucrânia. De realçar o bom futebol apresentado pelos espanhóis na Alemanha e que os coloca como sérios candidatos ao pódio! O melhor que tunisinos a árabes conseguiram foi um ponto cada.

Foto: AFP

[mundial06] No dia que marcou a despedida para as 16 selecções que não passaram da fase de grupos, não se registaram surpresas nos quatro jogos disputados. O ucraniano Shevchenko chegou para derrotar a Tunísia por 1-0, ao transformar uma grande penalidade (inexistente). A selecção de leste acompanha a Espanha que, com o mesmo resultado, despachou a Arábia Saudita.

Dois a zero foi o resultado com que Suiça e França carimbaram o passaporte para os 1/8 final, ao derrotarem a Coreia do Sul e Togo, respectivamente. De salientar que os suíços ficaram em primeiro no grupo, à frente dos franceses, que só conseguiram a qualificação porque venceram o último jogo por dois golos de diferença. O herói, se assim se pode dizer, foi o inevitável Terry Henry que apontou o golo decisivo (despois de Patrick Vieira).

» SURPRESAS

Foto: AFP

[mundial06] Com quatro jogos realizados, este foi o dia de (quase) todas as surpresas. Os principais louvores vão para as selecções do que viajaram dos continentes africano e asiático, Gana e Austrália, respectivamente.

Num dos grupos mais equilibrados do Mundial, o “E”, Itália, Gana, Republica Checa e EUA lutaram por um lugar nos 1/8 final. Passaram os dois primeiros, sendo que a maior surpresa foi o afastamento dos checos (perderam 0-2 com os italianos), que até começaram bem a prova. Quanto à surpresa, o Gana (na imagem), venceu os EUA por 2-1 e carimbou a passagem à próxima fase. Soberbo para uma selecção estreante.

Quanto aos “kangurus” comandados por Guus Hiddink, já tinha dito que estavam na Alemanha para serem uma das surpresas do Mundial (juntamente com Ecuador e Gana). Frente à Croácia, a Austrália conseguiu recuperar de duas desvantagens no marcador e consegui o empate (2-2) que lhe permitiu a passagem à segunda fase. Mais um feito inédito, para uma selecção que só contava com uma participação em mundiais (precisamente no Alemanha 1974, onde apenas somou um ponto). Acompanham o Brasil para os 1/8 final e deixam a Croácia e Japão pelo caminho.

» CEREJA SOBRE O BOLO

Foto: AFP

[mundial06] Uma primeira parte de luxo, frente ao México, permitiu a Portugal terminar invicto a fase de grupos. A serenidade revelada pela armada lusa à avalanche ofensiva inicial dos mexicanos, acabou por ser a chave do triunfo (2-1). O segundo tempo foi maioritariamente do adversário que, pelo que fez, mereceria o empate. Acabaram, no entanto, por pagar caro os dois erros cometidos: a mão (infantil) de Marquez na grande área e que deu grande penalidade (convertida por Simão) e falharam o castigo máximo de que beneficiaram. O avançado Fernandes foi considerado pela FIFA Man of the Mach mas esse título também assentaria bem ao “11” luso que esteve endiabrado (1 assistência e 1 golo).

Nos restantes jogos mais aguardados do dia, Argentina e Holanda empataram a zero, enquanto que os “Palancas Negras” se despediram com mais um ponto, fruto do empate a uma bola ante o Irão, fugindo, assim, do último lugar do Grupo D. Outra das selecções africanas a despedir-se do Mundial foram os “Leões Indomáveis”, de Drogba, que venceram (3-2) a Servia Montenegro.

» KLOSE (WITH) GOLD KEY

Foto: AFP

[mundial06] A selecção anfitrião fechou com chave de ouro a fase de grupos. 3 jogos, 3 vitórias, 8 golos marcados e 2 sofridos. Na decisão do dia – definir o 1º do Grupo A – os alemães bateram sem apelo nem agravo os equatorianos, um dos conjuntos sensação do Mundial. O “mecânico” de serviço foi Miroslav Klose (bisou no jogo), que tem tido a arte e o engenho para abrir as defesas adversárias. Quatro golos em três jogos, valem-lhe a liderança na lista de marcadores.

Esta acaba por ser o principal registo do dia, em que Suécia e Inglaterra empataram a dois golos (num jogo emotivo), a Costa Rica venceu a Polónia por 2-1 e o Paraguai derrotou Trinidade e Tobago por 2-0.

» TIME OUT: 2ª JORNADA

[mundial06] Entre confirmações e surpresas, aqui fica a lista de “óscares” daquela que foi a 2ª jornada:

Já lá estamos: Ecuador. Volvida uma jornada e esta selecção confirma a surpresa inicial. Resultado: presença garantida nos 1/8 final. Sob a batuta do impressionante Austin Delgado (2 jogos, 2 golos marcados, 2 Man of the Mach), a equipa promete continuar a fazer estragos. Arranca para o último jogo, frente à Alemanha, no topo do grupo com dois triunfos em outros tantos jogos e com a impressionante marca de 5 golos marcados e 0 sofridos.

Sal e pimenta: Argentina. É certo que a Servia Montenegro esteve num daqueles dias que mais valia ter faltado ao jogo, mas aplicar chapa “6” não é para todos. Crónica candidata ao título, e após duas jornadas, confirma a razão de o ser. É das poucas equipas a jogar como tal e, sem ter grandes individualidades, é letal no último terço de terreno. Se o Mundial ficasse por aqui, o caneco era dos “descendentes” de “El Pibe”.

África minha: Angola e Gana. O espírito da selva africana invadiu terras germânicas. Depois da boa réplica deixada no jogo contra Portugal, os “Palancas Negras” mostraram, frente ao México, que não foram até ao Mundial só para passear e adquirir rodagem. Impensável, à partida, ainda estarem na luta por uma presença na próxima fase... A comunidade lusa agradece. Quanto ao Gana, espalhou perfume frente à sempre favorita República Checa. Num dos grupos (E) em que ainda está tudo em aberto, a selecção africana arrisca-se a terminar no 1º lugar.

A culpa é das salsichas: França. Deve ser justificação para os empates frente à Suiça (0-0) e Coreia do Sul (1-1), sendo que, no último jogo, teve “o pássaro na mão”. E que azia devem ter causado estes resultados no seio do grupo liderado pelo técnico Raymond Domenech… Ainda nada está perdido, no entanto, já podia estar tudo resolvido. Zidane & Co. devem ter aprendido com os portugueses, isto é, ter que agarrar-se à máquina de calcular no final.

Foto: AFP

[mundial06] A fechar da 2ª jornada, o principal destaque vai para a remissão da Ucrânia frente à Arábia Saudita. Finalmente recuperado, Shevchenko +10 (na imagem) retribuíram aos árabes a “delicadeza” espanhola na estreia, ao golearem por 4-0. Por falar em “nuestros hermanos”, depois de terem entrado a perder frente à Tunísia, deram a volta ao marcador e garantiram a presença nos 1/8 final com um triunfo por 3-1.

Foto: AFP

[mundial06] Décimo primeiro dia de Mundial sem grandes surpresas. O Brasil, apesar da vitória por 2-0 frente à Austrália, continua a mostrar que está muito aquém do que lhe é exigido, enquanto que os “kangurus” mostraram, mais uma vez, que não brincam em serviço e estão aí para garantir um dos 16 lugares na próxima fase.

Um dos melhores jogos do dia, se não mesmo o melhor, infelizmente acabou empatado a zero bolas. Croácia e Japão lutaram até à exaustão pelos três pontos. Apesar da repartição de pontos, está tudo em aberto. Os mesmos pontos averbou a França, ao se deixar empatar a uma bola, já perto do final, frente à Coreia do Sul. O “carrasco” foi Ji Sung Park (na imagem). Nada de novo da parte dos gauleses, que já no primeiro jogo tinham mostrado que não tem lugar nos 1/8 final. Ainda podem consegui-lo, mas, tal como o Brasil, estão muitos furos abaixo do exigido.

» CHAMÁMOS-LHE UM FIGO

Foto: AFP

[mundial06] “O importante é ver jogar Portugal”. É um dos cânticos de apoia à selecção e que ecoa num dos canais de televisão. Acrescente-se que, quando no final o resultado é favorável as cores lusas, o gozo é maior. Foi o que aconteceu com o Irão. Do espírito menos individualista do “miúdo” Ronaldo, em prol do colectivo, passando pelo golo “mágico” de Deco, assim se pintara, de verde e vermelho, os 2-0. Com os mesmos algarismos – “2” e “0” – se escreveu mais uma bonita página do futebol português. Vinte anos após os Magriços, a selecção das quinas está de novo nos 1/8 final de um Mundial.

O resultado do Portugal x Irão acabou de ser o mais natural do dia, já que nos restantes se verificaram surpresas. O triunfo (2-0) do Gana sobre a República Checa é o principal destaque, num jogo em que os africanos estiveram endiabrados. Com um punhado de boas intervenções, o guarda-redes checo Chec foi um dos heróis da partida. No Itália x Estados Unidos da América registou-se um empate a uma bola e três expulsões (duas para os norte-americanos e uma para os italianos). Num jogo que entrou para a história dos mundiais como um dos mais indisciplinados, a squadra azzura perdeu a oportunidade de carimbar o passaporte para a próxima fase.

» JOÃO (NADA) PEQUENO

Foto: AFP

[mundial06] Pertencia ao grupo de Robin dos Bosques e caracterizava-se pela sua compleição física, espírito destemido e audaz. Carinhosamente, era tratado por João “Pequeno”, mas era tudo menos diminuto.

Vem esta breve introdução a propósito de um outro João, de apelido Ricardo, e número “1” da selecção angolana. É para ele o destaque deste 8º dia de Mundial, já que fez uma exibição do outro mundo, que valeu aos “palancas negras” o primeiro ponto, numa fase final do Campeonato do Mundo. E logo frente ao favorito México! “Los chicos del sombrero” foram quase sempre melhores, mas, tal como contra Portugal, Angola mostrou que tem argumentos para colocar qualquer selecção em sentido. Com este resultado, devem acabar por aqui, as criticas ao primeiro desempenho dos pupilos de Scolari neste Mundial…

Azul celeste. É, não só a cor da Argentina, como também do “quadro” que a sua selecção pintou esta tarde frente à Servia Montenegro. Foi com 6 golos sem resposta, que a armada argentina tomou de assalto a formação de Kezman & Co. Juntado o 2-1 com que a Holanda derrotou a Costa do Marfim, foi mais um dia recheado de golos (9).

Foto: AFP

[mundial06] Um, dois, três, quatro… cinco. Em dois jogos disputados, o Equador tem um saldo surpreendentemente favorável: 2 vitórias; 5 golos marcados; 0 sofridos; 1º lugar no Grupo A (à frente da Alemanha) e 1/8 final já são uma realidade (feito histórico, já que a primeira vez que participaram num Mundial, em 2002, não passaram da fase de grupos)! Depois da Polónia (2-0), hoje seguiu-se novo triunfo frente à Costa Rica (3-0), com golos de belo efeito.

À Inglaterra também coube em sorte os três pontos, mas estes mais “suados”, diga-se. A oponente – Trinidade e Tobago – voltou a querer surpreender (depois do empate a zero frente à Suécia), mas desta vez não levou pontos. Até podia ter conseguido mais um para a contabilidade, ou mesmo três. Pecou pela falta de audácia e como diz o ditado: “quem não marca, sofre”. Dos dois golos ingleses, apontados já nos últimos minutos, o destaque vai para o de Steven Gerrard. Um golaço (na imagem)!

» TIME OUT: 1ª JORNADA

[mundial06] Fechada a primeira ronda do Campeonato do Mundo – Alemanha 2006, é tempo de balanços. Aqui ficam os prémios atribuídos a alguns colectivos:

Não estamos aqui só de visita: Austrália e Ecuador. A selecção que viajou da terra dos kangurus mostrou que, ao comando do experiente Guus Hiddink, está ai para “fazer estragos”. Recordam-se quem levou, surpreendentemente, a Coreia do Sul ao 4º lugar em 2002? Pois é, foi o técnico holandês. Quanto a turma dos Ivan´s (Hurtado e Kaviedes), se conquistar pontos frente à Costa Rica, carimba o passaporte para os 1/8 final.

Cá estamos nós outras vez: Espanha e República Checa. Nuestros hermanos entraram neste Mundial a todo o gás, frente a uma Ucrânia a quem nem valeu Shevchenko. Sólidos e eficazes, os espanhóis estão ai para lutar pelo título. Por falar em 1º lugar, os checos, de quem ninguém fala, ai estão mais uma vez. Sob a batuta dos veteranos Poborsky, Nedved e do “gigante” Koller, esta selecção promete agigantar-se pelos lugares cimeiros.

Para a próxima fazemos melhor: França e Brasil. Um empate a zero com a Suiça na estreia, não é assim tão mau. Mas quando é apenas o já-anunciado-futuro-ex-futebolista Zidane a “remar contra a maré”, torna-se difícil mostrar os atributos que fizeram deste grupo Campeão do Mundo em 1998. Já os canarinhos, apesar de terem ganho (1-0) à Croácia, mostraram pouco brilho na defesa do ceptro. Tal como a Portugal, pedia-se mais a Ronaldinho & Co.

» OLÉ

Foto: AFP

[mundial06] Como não poderia deixar de ser, o destaque do 6º dia vai para os 4-0 aplicados pela selecção espanhola à sua congénere ucraniana. Uma estrada esmagadora, contrariando o ditado que diz que “depressa e bem não há quem”. Na imagem, as duas figuras do encontro: Xavi Alonso e David Villa. O primeiro, foi eleito pela FIFA Man of the Match, já o “21” de Espanha festejou, por duas vezes, o golo.

Nos restantes jogos do dia, nota para os quatro golos apontados no Tunísia x Arábia Saudita (2-2), a fechar a 1ª jornada, e o triunfo, já nos descontos, da Alemanha sobre a Polónia (1-0), naquele que foi o arranque da 2ª jornada. Mais um dia produtivo, com uma média de três golos por jogo.

» FAVORITOS... MAS POUCO

Foto: AFP

[mundial06] Um dia “fraquinho” este. A França, de Zidane, não conseguiu melhor que um empate (0-0) frente à Suiça. Já o campeão Brasil conseguiu um pouco melhor: venceu a Croácia por 1-0. Num jogo a fazer lembrar o Angola x Portugal valeu o (grande) golo de Kaká (na imagem), que rendeu três preciosos pontos para os canarinhos. Afinal não é só a Selecção Nacional que não goleia…

» TIM & TOMAS

Foto: AFP [mundial06] Grande dia, este do arranque dos grupos E e F. Muitos golos – 9 (média de 3 por jogo) – foram a tónica do dia: bonitos e decisivos.

O primeiro destaque vai para a reviravolta estonteante, aplicada pela Austrália ao Japão. Ganhar 3-1, quando o resultado está em 0-1 a sete minutos do fim… é obra! Herói do jogo: Tim Cahill (na foto). Com dois golos em cinco minutos (84´ e 89´), o "4" australiano colocou o Japão em KO. Nota para o “olho” cirúrgico do experiente técnico Guus Hiddink, ao colocar o avançado do Everton no segundo tempo. Quanto aos japoneses, deve-lhes ter ocorrido: «estes kangurus deixaram-nos de olhos em bico!»

No segundo jogo do dia, vitória (3-0) sem mácula da República Checa frente aos Estados Unidos da América. Depois do gigante Koller ter igualado o feito do nosso Pauleta (marcar aos 4´), foi a vez de emergir o “mágico” checo: Tomas Rosicky. Foi bonito vê-lo puxar a culatra atrás, desferir um disparo a cerca de 25 metros da baliza e… GOLO! A par dos golos germânicos no primeiro dia do Mundial, este vai ficar na estante dos melhores. Até final do jogo, ainda deu para o médio do Borussia de Dortmund bisar na partida. Depois do que fizeram no Euro 2004 (chegaram às ½ finais), todo o cuidado é pouco com a turma de Porborsky & Co.

» VELHOS SÃO OS TRAPOS

Foto: AFP

[mundial06] No balanço do terceiro dia de Mundial, o mais importante para a comunidade lusa, fica a (justa) vitória de Portugal. Com um golo de Pauleta logo aos 4 minutos (e até poderia ter sido aos 10 segundos), parecia que os tugas iam embalar-se para uma grande tarde de futebol. Infelizmente não foi assim…

Após o golo, os portugueses parece que ficaram presos de movimentos, ao contrário dos angolanos que se libertaram, criando, inclusive, alguma situações de perigo para as redes de Ricardo.

O resultado final de 1-0 “premeia”, se assim se pode dizer, Angola que, contrariamente ao que se perspectivou no iniciou do encontro, deixou uma boa réplica. Trocaram bem a bola e podem ter, ainda, uma palavra a dizer nas contas finais do Grupo D. Os mexicanos que se preparem.

Quanto à selecção das quinas, segue-se o Irão (perdeu 1-3 com o México), a quem o único resultado que interessa é a vitória. Jogo complicado é o que espera Portugal no próximo sábado, já que terá pela frente um adversário à beira do desespero (se quer passar aos 1/8 final). Pede-se concentração e, sobretudo, além de um bom resultado, melhor exibição do que a de hoje…

Uma última palavra para o Man of the Mach: Luís Figo. Aquela arrancada para o golo português, foi de uma frescura que, aos 34 anos, impressiona. Uma exibição digna de um verdadeiro capitão.

Foto: AFP

[mundial06] Estreia auspiciosa da selecção de Trinidade e Tobago frente à Suécia! Um empate (0-0) precioso, que teve no camisola “1”, Shaka Hislop (na foto), o principal responsável. Nem Larson, nem Ibramovic conseguiram bater o guarda-redes tobaguenho.

» ARRANQUE PROMISSOR

[mundial06] Dia 1 do Campeonato do Mundo de Futebol da FIFA – Alemanha 2006. A par da cerimónia de abertura, que contou com as presenças do “Rei” Pelé e da belíssima Cláudia Shiffer, ficou o registo de um bom “tiro de partida” para este Mundial.

O Alemanha x Costa Rica (4-2) foi, como que se diz na gíria futebolística, um verdadeiro espectáculo. Seis golos no primeiro jogo, sendo dois deles (a abrir a fechar o marcador) verdadeiras obras-primas. Dois tiros do meio da rua, a fazer lembrar aquele famoso remate de Figo, frente à Inglaterra, no Euro 96 (ainda hoje Seaman, já na reforma, deve estar para saber como o “7” luso conseguiu tal feito).

Confesso que pouco acompanhei deste “day one”, mas o balanço é deveras promissor. Auguro uma boa competição... e recheada de golos. Soltem os artistas, que o samba vai rolá (em tons de verde e vermelho, espero)…




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