» U. LEIRIA 2006/07

[futsalnacional] A secção de futsal do Núcleo Sportinguista de Leiria (NSL) tem dois novos rostos: Tó Coelho (treinador) e Marco Oliveira (director desportivo, na foto). Curiosamente, as duas novas aquisições do clube leiriense têm em comum o facto de passarem a acumular as mesmas funções que no sector desporto do Instituto Politécnico de Leiria (IPL). O técnico ex-Sp. Pombal foi recentemente contratado pelo IPL para orientar as equipas de futsal da instituição, já Marco Oliveira, é o “manager” para a área desportiva há cerca de 6 anos.

Há cerca de um ano, Marco Oliveira punha de parte qualquer “mudança de camisola”, apesar de não faltarem convites de alguns clubes. Aceite, agora, a proposta do NSL, uma pergunta se impõe: Porquê? “Essencialmente pelo desafio de uma nova experiência. No entanto, o principal motivo que me move é puder levar para o NSL a experiência adquirida, ao longo destes anos, no IPL”, referiu.

Investir nos escalões de formação, nomeadamente em juvenis e juniores, e a implementação de um sítio na Internet são, para já, os projectos do novo director desportivo do clube leiriense. Escolhido que está o técnico, o passo imediato passa pela formação do plantel, que militará em 2006/07 na III divisão. [by katchume]

» CAMPEÕES DE PORTUGAL... DE LEIRIA

[atletismonacional] Três campeões de Portugal, 8 medalhas e uma atleta que confirmou os mínimos para o Europeu (Vânia Silva), são o saldo leiriense nos Campeonatos de Portugal, disputados em Seia, nos dias 22 e 23 de Julho.

Pintados em “tons” vidigalenses, os títulos nacionais de salto em altura, lançamento do martelo e estafeta 4x100 metros, foram para Carlos Pereira, Vânia Silva e Anna Olsson, Catarina Bastos, Cátia Ferreira e Juliana Neto, respectivamente.

“A marca do Carlos é inédita, uma vez que nunca tínhamos tido nenhum campeão de Portugal”, adiantou o técnico da Juventude Vidigalense, Paulo Reis. Apesar de não ter conseguido transpor os 2,15 metros que pretendia, que lhe garantiam a presença no Campeonato do Mundo de Juniores, o atleta apresentou-se bem, já recuperado dos problemas físicos que o fustigaram.

Vânia Silva, acabou por ter o desempenho esperado, “tendo em conta que as suas adversárias, como é o caso de Sónia Alves (Sporting), estão abaixo do que lhes é habitual”, referiu Paulo Reis. A recordista nacional do martelo voltou a alcançar ainda os mínimos para o Campeonato da Europa (7 a 13 de Agosto, na cidade sueca de Gotemburgo), batendo a melhor marca portuguesa do ano (65,29m), que já detinha.

O ceptro conquistado pela estafeta 4x100 metros foi outra agradável surpresa, apesar de não ser inédito. “Já tínhamos ganho 1/2 vezes, mas agora juntámos ainda o recorde distrital absoluto, o que vem provar que temos velocistas de primeiro plano”, destacou o técnico.

Foram ainda medalhados, com a prata, Liliana Viana (salto em altura), Catarina Bastos (400 metros barreiras) e a estafeta 4x400 metros, composta por Catarina Bastos, Cátia Gonçalves, Maria Frazão e Lilian Silva. Ao último lugar do pódio subiram ainda Lilian Silva (800 metros) e a estafeta 4x400 metros, com os atletas Alexandre Sousa, Cristiano Carreira, Luís Fernandes e Miguel Ganhão. in O MENSAGEIRO

[atletismonacional] As palavras do técnico vidigalense, Paulo Reis, antevêem uma jornada emotiva na cidade do Lis, nos próximos dias 29 e 30 (XII Torneio de Lançamentos da Juventude Vidigalense). Da “prata da casa” – Vânia Silva – passando por Teresa Machado, Dário Manso e Marco Fortes, são muitos os atletas conceituados com presença garantida. “O presidente da Federação Portuguesa de Atletismo, Fernando Mota, também já manifestou a sua intenção de estar presente, o que só vem provar o interesse que o torneio desperta” avançou o técnico.

A “fama” do novo Centro Nacional de Lançamentos, em Leiria, onde decorrerá a prova, já ultrapassou as fronteiras do nosso país, dado que “a equipa nacional cubana, onde constam algumas campeãs olímpicas, já manifestou a sua intenção de vir estagiar aqui”, confidenciou Paulo Reis. in O MENSAGEIRO

[nataçãonacional] Os nadadores Nuno Maximiano e João Jerónimo, ambos do Bairro dos Anjos, conquistaram três títulos no Campeonato Nacional de Natação Adaptada, que decorreu nos passados dias 22 e 23, em Vila Franca de Xira. O campeão ibérico, Nuno Maximiano, confirmou o seu potencial nos 100 metros mariposa e 100 metros costas, onde se sagrou tricampeão e pentacampeão nacional, respectivamente. O nadador foi ainda segundo nos 50 metros livres. Quanto a João Jerónimo, há poucos meses no clube, também se sagrou campeão nacional – 100 metros bruços - conquistando, aos 17 anos, o seu primeiro título. Contabilidade feita, para Leiria viajaram três títulos nacionais e uma medalha de prata. in O MENSAGEIRO

[bttnacional] A atleta pombalense Áurea Agostinho continua a dar cartas nas diferentes provas de BTT. Depois de ter ganho a última etapa do campeonato nacional de Down Hill, realizado em Guimarães, nos dias 15 e 16 de Julho, foi agora a vez de conquistar o 2º lugar na 5ª etapa do circuito Down Town (Down Hill Urbano), realizada em Tomar, no passado dia 22. O título está, agora, mais próximo.

A apenas duas etapas do fim do circuito nacional de Down Town, Áurea Agostinho é líder, com 31 pontos de vantagem sobre Jullyana Cardoso (SKillBikes). A atleta da Alligators Team pode sagrar-se campeã nacional da especialidade já no próximo sábado, dia 29, em Vila Real, naquela que será a 6ª e penúltima etapa do circuito Down Town. A derradeira etapa está agendada para 5 de Agosto, em Idanha-a-Nova. in O MENSAGEIRO

[andebolnacional] As equipas da Associação de Solidariedade Académico de Leiria e da Sociedade de Instrução e Recreio (SIR) 1º de Maio, da Marinha Grande, são as representantes do Distrito na fase final do circuito nacional de voleibol de praia.
Terminada a quarta e última etapa da prova, realizada nos dias 22 e 23 de Julho, em Lagos, segue-se a fase final, com 13 melhores colectivos nacionais (7 masculinos e 6 femininos). Com a presença de uma formação em cada escalão: Académico, em masculino, e SIR 1º de Maio, em feminino, aumentam as possibilidades do distrito de Leiria ter dois campeões nacionais.

A etapa do passado fim-de-semana o Académico terminou na segunda posição, atrás da equipa Brinca n’Areia, enquanto que o SIR 1º Maio terminou na terceira posição, atrás das equipas Marés Vivas e Colégio de Gaia, respectivamente. Na classificação geral, a formação da leiriense lidera, em masculinos, enquanto a equipa da cidade vidreira é segunda, em femininos, atrás da Marés Vivas. in O MENSAGEIRO

» REFORÇOS MOSTRAM SERVIÇO

[futebolnacional] A U. Leiria realizou, esta tarde, o seu primeiro jogo de preparação no Estádio Dr. Magalhães Pessoa. O adversário foi o Olivais e Moscavide, recém promovido à Liga de Honra, que acabou por sair da cidade do Lis derrotado por 0-2, com golos de Paulo Machado (~30´) e Marcos António (~60´). Apesar de nesta fase da pré-época os jogadores ainda não estarem a 100%, o jogo ficou ainda marcado pelas boas indicações deixadas por alguns reforços.

Paulo Machado: Na ausência de Harison, o jovem internacional português perfila-se como natural substituto. Boa leitura de jogo, precisão no passe e acima de tudo pragmatismo. Foi assim, aliás, que surgiu a fazer o 1-0, a passe de Touré. Com apenas 20 anos, o médio promete. Estejam atentos.

Valdomiro: Imperial (e não me refiro àquela substancia liquida que circula pelas esplanadas nesta altura do ano)! Fez dupla no eixo da defesa com o seu compatriota Marcos António e limpou tudo. Temos central, é o que me apraz dizer. O brasileiro esteve muito bem a defender e não se coibiu de subir no terreno, integrando jogadas de ataque (inclusive como extremo, pasme-se!). A sua presença física coloca em sentido qualquer adversário. Para quem perdeu a classe de João Paulo, a U. Leiria arrisca-se a ter em Valdomiro um sério candidato a fazer “esquecer” o seu ex-capitão (a ver vamos...).

N´Gal: Mais rápido que a sua própria sombra. Aos 20 anos de idade, o camaronês, a par de Paulo Machado, promete vir a tornar-se um caso sério. Um extremo endiabrado que alia a velocidade à destreza. Qualquer pequeno espaço serve para o jovem extremo furar. Entrou para o lugar de Touré (outro bom extremo) e fez em “águas de bacalhau” a defesa contrária. Uma dor de cabeça (das “boas”) para Domingos, na hora de escolher entre Touré e N´Gal.

Marco António: Não esteve tão exuberante como os seus colegas, mas mostrou estar a melhorar o entrosamento com o seu, mas que previsível, colega de posto – Valdomiro. Ainda assim, ainda teve tempo de responder “sim” a um cruzamento de Edér, para fixar o resultado final em 2-0.

De referir ainda que o ponta-de-lança Paulo César foi outro dos atletas em destaque, já que esteve muito mexido na frente. Ganhou quase todos os lances à defesa do Olivais e Moscavide, tendo faltado apenas o golo para coroar a sua exibição. Já Ferreira esteve muito esforçado, numa tentativa clara de mostrar serviço. Para um dos atletas que foi dado como dispensado, o avançado está a tentar provar que tem valor para estar na U. Leiria 2006/07. Os incentivos, constantes, que partiram do banco, mostram que a equipa técnica espera mais do brasileiro.

Como jogou a U. Leiria…
[1ª parte] Fernando (Bruno Vale), Laranjeiro, Marco António, Valdomiro, Tixier, Paulo Gomes, Alhandra, Paulo Machado, Sougou, Touré e Cadu.

[2ª parte] Bruno Vale (Alemão), Edér, Marco António, Valdomiro (Marco Soares), Alhandra, Faria, Filipe Falardo, Ivanildo, N´Gal, Paulo César e Ferreira (Moreira).

O mais que provável futuro capitão leiriense Renato, o médio Kata e o avançado Slusarski, limitaram-se a fazer alguns minutos de corrida e, por isso, não alinharam nesta partida. A fechar, nota para os cerca de 30 elementos da claque da U. Leiria, que fizeram questão de estar presentes no estádio.

» COMPRAS TU OU COMPRO EU

[rabiscoeditorial] A vida por vezes é feita de situações caricatas e de difícil compreensão. O desporto-rei é um dos muitos exemplos onde elas superabundam.

Este comentário vem a propósito da anunciada lista de dispensas do plantel sénior da U. Leiria, “versão” 2006/07. A sempre indesejada “fava” coube, em número de seis, ao defesa Marco Airosa, aos médios Faria, Filipe Falardo, Hadson e Marco Soares e ao avançado Pedro Moreira. Se nos casos de Faria e Hadson não há qualquer surpresa, o mesmo já não se pode dizer do trio recém-contratado ao Barreirense – Marco Airosa, Marco Soares e Pedro Moreira – bem como do ex-Olivais e Moscavide, Filipe Falardo!

Vamos por partes:

Faria: O jovem médio já tinha estado emprestado a última época e, com a abundância existente na zona intermediária, era um sério candidato ao (r)empréstimo. Pode ser que à terceira seja de vez e para o ano consiga ficar em Leiria.

Hadson: É daquelas contratações que não se percebem, sobretudo pelo que provam dentro de campo. Irmão do estratega Harison, o brasileiro chegou a meio de 2005/06 e não fez qualquer minuto ao serviço da formação leiriense! No mínimo estranho. Pelo menos esteve uns meses junto da família.

Filipe Falardo: Formado nas escolas do Benfica, o jovem médio tinha, à partida, o lugar tapado por Harison. O único espaço que poderia ambicionar era o de segundo “10” da equipa. Veio fazer uns treinos a Leiria e, ao que tudo indica, deve regressar à base por empréstimo (Olivais e Moscavide).

Marco Airosa, Marco Soares e Pedro Moreira: O primeiro é internacional angolano e esteve no Mundial, o segundo é médio defensivo e o terceiro jogador de área. Do trio, o colega de Mantorras na Alemanha era o que mais hipótese tinha para ficar no plantel, no entanto, o que mais estranha é que nem um tenha ficado. Depois de a U. Leiria ter ganho a “guerra” a outros clubes, para a aquisição do defesa e do médio, este não era certamente o desfecho esperado! Ora aqui está um caso bicudo para a SAD do clube leiriense resolver.

PS: Não quero, com o exposto, por em causa as capacidades da equipa técnica da formação leiriense, na avaliação do plantel, mas sim questionar para o facto de 4 das 6 dispensas serem atletas contratados esta época! Se os atletas foram dispensados, é porque, neste momento, a equipa técnica entende que não representam uma mais valia para o plantel 2006/07. E se não representam, quem foi o responsável pela sua vinda para Leiria? Que participação teve o técnico, então, nas suas contratações?...

» U. LEIRIA X OL. MOSCAVIDE

[futebolnacional] A formação leiriense realiza, ao que tudo indica, na próxima quarta-feira, dia 26, no Estádio Dr. Magalhães Pessoa, aquele que será o seu primeiro encontro particular após o estágio que decorreu em Quiaios, Figueira da Foz. O adversário é o Olivais e Moscavide, formação que disputará, em 2006/07, a Liga de Honra. O jogo está marcado para as 18h00.

Esta será uma oportunidade das caras novas da U. Leiria se mostrarem aos seus adeptos, antes da estreia na, agora, designada bwinLIGA, frente ao Porto.

Nota: No mínimo curiosa a divulgação deste encontro, uma vez que a única informação disponível, até agora, encontra-se no sitio da Internet do clube visitante! Quanto à equipa local (sim, aquela que joga em “sua” casa), não tem interesse na divulgação do encontro?! Ou será que terá sido um erro informático do Olivais e Moscavide e afinal não há jogo?!

[rugbynacional] A Selecção Nacional de Sevens regressou de Moscovo com o 5º título consecutivo de Campeã da Europa, depois de derrotar a equipa Russa, no passado fim-de-semana, por 19-7, na final da 7ª edição do Circuito Europeu FIRA-AER. Os pentacampeões ganharam todos os jogos da fase do Grupo B, alcançado a final após derrotar, nas meias-finais, a selecção italiana por 22-0.

» TIRO DE PARTIDA PARA 2006/07

[futebolnacional] Terminado o Mundial, as atenções centram-se agora no defeso e pré-época das equipas das diferentes modalidades, sobretudo do futebol. Seguindo a mesma linha, este espaço passará a ser ocupado por notícias de âmbito regional (sobretudo Leiria), nacional e internacional.

» AUF WIEDERSEHEN*

Foto: AFP

[mundial06] Depois de um período de ausência, aqui fica um breve apontamento de adeus* deste, como direi, Diário do Mundial.

Na atribuição dos 3º/4º lugares, e num jogo sempre de sabor amargo para qualquer uma das equipas, a selecção anfitriã superiorizou-se a Portugal (3-1). A somar ao 4º lugar, os “conquistadores” conseguiram arrecadar o prémio FIFA para a “selecção com futebol mais atractivo”. Um doce para os tugas que, na despedida de Pauleta, mereceram a distinção. Pena foi não terem chegado ao pódio, no entanto, com as respectivas correcções, teremos, em 2008, uma seria candidata ao título de campeã europeia.

A desejada final da prova foi disputada, até à última gota de suor, por italianos e franceses. A selecção de Zidane registou alguns momentos de maior superioridade mas foi aos italianos que coube o triunfo. Num jogo electrizante, a decisão só se registou nas grandes penalidades. A Itália é campeã do mundo… pelo menos até Africa do Sul 2010.

Nota: O Alemanha 2006 promete ainda dar que falar, no seguimento da agressão de Zidane a Materazzi (alegadamente, o italiano terá dito que o francês era um “árabe terrorista”). A FIFA, que tem mão pesada para actos racistas e comentários xenófobos, já se encontra no terreno para verificar a veracidade desta afirmação. A confirma-se, o título mundial deverá mudar de mãos: França ou Alemanha (caso se prove que a conduta foi recíproca entre italianos e franceses). Portugal poderá ser outro dos “beneficiados”, com a ascensão ao 3º ou 2º lugar.

» ESTEVE QUASE

Foto: AFP

[mundial06] É triste perder assim, sobretudo quando somos superiores ao adversário que realmente interessa, de entre os dois (ou três) contra quem jogámos ontem… A tradição manteve-se e Portugal perdeu de grande penalidade. O amargo de boca que mais de 10 milhões sentem, é o mesmo que o ingleses também ainda devem sentir, já que a eles também lhe saiu na rifa a mesma tradição.

É certo que o que conta para a história são os números: a França ganhou, por isso, está na Final do Mundial. Compreende-se, no entanto, o agastamento de alguns atletas, técnicos e dirigentes portugueses no final do jogo, ao reconhecerem que, apesar de termos sido superiores na modalidade que dá o mote à prova, há questões geográficas, mas sobretudo politicas, que continuam a fazer de Portugal um país pequeno. Como dizia Costinha: «os jogos não se ganham só dentro das quatro linhas!» E falou bem (infelizmente), porque, diga-se em abono da verdade, da perspectiva dos interesses económicos e de marketing, um Itália x França é sempre muito mais apetecível do que um Itália x Portugal (o outsider)!

Chamem-lhe mau perder, o que quiserem, no entanto, há resultados conquistados com este Mundial que, independentemente de um possível 3º lugar (igual ao dos Magriços), ficarão para a história de Portugal. Quem levar a taça, terá a glória de uns momentos, dias, meses… na melhor das hipóteses quatro anos, até ao próximo Mundial. Os portugueses, no entanto, se não se esquecerem tão depressa, olharão para trás e verão o clima criado no nosso país desde o Euro 2004. Graças ao senhor Scolari, o “interruptor” da alma lusitana voltou a ser acendido. Se este efeito Euro/Mundial for canalizado para a vida prática do dia-a-dia (família, escola, trabalho), todos ganharemos. Pode ser que, assim, qualquer dia talvez possamos jogar também, fora do rectângulo de jogo, de igual para igual com outras potências.

» QUEM É MATREIRO QUEM É?

Foto: AFP

[mundial06] Aqui vamos nós outra vez... Depois de já se ter visto várias vezes neste Mundial, mais um jogo (1/2 final) que fica marcado pela matreirice tipicamente italiana. Num embate emotivo, em que a Alemanha, na maior parte do tempo, jogou melhor, coube à Itália sentenciar o encontro com dois golos nos dois últimos minutos do prolongamento. Quando já todos se preparavam para a tenção das grandes penalidades, eis que Fábio Grosso e Del Piero (na imagem), resolveram a questão. Está encontrado, assim, o primeiro finalista. Que Portugal lhe siga as pisadas…

» TIME OUT: 1/4 FINAL

[mundial06] Após esta fase, restam apenas quatro selecções que lutarão arduamente por uma presença na final de Berlim. Uma eliminatória feita de surpresas e de repetições, diga-se.

A fava tinha que sair a alguém… e foi à Argentina. À entrada para o Alemanha x Argentina, ninguém arriscaria um prognóstico, dado o equilíbrio existente entre ambas as selecções. A decisão pela marca de grandes penalidades é disso exemplo. Foram mais felizes os anfitriões deste Mundial, já que com uma frieza tipicamente alemã, souberam dar os golpes nas alturas certas: fazendo o 1-1 a cinco minutos do fim; segurando a avalanche argentina no prolongamento e defendendo duas grandes penalidades, por intermédio de Lehman.

A vida saiu-nos facilitada… disse a Itália. Frente à Ucrânia, sem grandes soluções, os italianos foram, acima de tudo, pragmáticos e eficazes. Mostraram um pouco de brilho, ao contrário do futebol calculista, típico da saquadra azzura. A selecção de Shevchenko ainda tentou reagir à desvantagem de 0-1, mas acabou por ser surpreendida, no final, por 0-3.

Infelizmente já vimos este filme… pensou a Inglaterra. O desfecho do Portugal x Inglaterra deste Mundial, foi precisamente o mesmo do Euro 2004, em Portugal. Emoção e drama até ao último segundo. Os ingleses começaram melhor, até à expulsão de Rooney, que condicionou a estratégia. Apesar da inferioridade numérica, os atletas de Sua Magestade ainda reagiram bem e tiveram como “prémio” o prolongamento, já que os portugueses não souberam tirar partido da contingência do adversário. Chegados aos penaltys, contra Portugal é sempre um terror, já que mora lá um sr. chamado Ricardo que, tal como há dois anos, voltou a ser herói. Três defesas na mesma série, permitem-lhe entrar para os anais dos mundiais.

O grande sorriso amarelo… do Brasil. Frente-a-frente dois campeões: um com o pavio já gasto (França) e outro com uma chama enorme (Brasil). Na reedição da final de 1998, na França, a selecção vitoriosa foi a mesma e novamente com inteira justiça. Este jogo acabou por ter o condão de ser o culminar do descalabro do escrete na Alemanha. Os papéis acabaram por inverter-se, ressurgindo uma França aparentemente reformada, ao contrário de um Brasil jovem com futebol raquítico. No final, a chama foi dos franceses.

» ÉPICO(S)

Foto: AFP

[mundial06] “Ai Portugal, Portugal. De que é que estás há espera, de eliminar a Inglaterra?!” Esta letra, adaptada do original de Jorge Palma, reflecte, e bem, o jogo entre ingleses e portugueses. Depois de 120 minutos de nulo, em que podia ter resolvido (e com um jogador a mais, após a expulsão de Rooney), Portugal teve novamente em Ricardo o herói das grandes penalidades (recordam-se do Euro 2004?). Três defesas valeram um novo recorde em Mundiais. *

Depois do Alemanha x Argentina, o Brasil x França era outra das finais antecipadas, apesar de haver sempre o natural favoritismo dos canarinhos. Passaram os franceses, com um golo de Henry (mercy outra vez), e passaram bem. Qualificaram-se “à rasca” para esta fase, mas ao eliminaram a Espanha por expressivos 3-1 mostraram que, apesar de a media de idades rondar os 30 anos, ainda aí estão para as curvas. Semelhantes exibições, relativamente à primeira fase, teve o actual campeão do mundo, mas com resultados diferentes. Apesar de jogar sem “grande chama” o Brasil lá foi conseguindo ganhar, jogo após jogo… até ontem. Muita individualidade mas pouca equipa. Como é que é possível que o actual detentor de ceptro mundial, não crie um único lance de perigo durante 90 minutos?! E Ronaldinho, viram-no por aí?!

* Curiosas são as “repetições” que se tem dado no Alemanha 2006 (Mundial), relativamente ao Portugal 2004 (Euro)! Contra a Holanda, há dois anos, nas 1/2 finais, a vitória sorriu a Portugal, com um golaço de Maniche, o homem do jogo. Na Alemanha, e dois anos volvidos, a história repetiu-se. Frente à Inglaterra “vira o disco e toca o mesmo”! Também fomos a penaltys, os tugas venceram e Ricardo foi o herói da nação… tal como este sábado. Recordo a capa desse dia do Record, que mostrava o “1” português com uma luva calçada e outra não: “Querem com ou sem luva?” era o título. Mal podiam imaginar que o feito de 2004 seria reeditado. No mínimo, uma escolha feliz.

Foto: AFP

[mundial06] À entrada para o jogo, qualquer uma das equipas tinha argumentos para passar e, inclusivamente chegar, à final. O bom futebol praticado durante o Mundial por ambas, assim o determinava. No final, a superioridade da Argentina foi desfeita pela frieza típica da Alemanha. Os sul-americanos criaram mais oportunidades, mas acabaram por consentir o empate a um golo a 5 minutos dos 90. Após o prolongamento, onde foram superiores, os argentinos viram Lehman virar herói do jogo, ao defender duas grandes penalidades. Adeus… em 2010 há mais.

O segundo jogo do primeiro round dos 1/4 final, não tem muita história para contar, para além dos 3 golos, sem respostas, dos italianos a ucranianos. A perder por 0-1 a Ucrânia ainda reagiu, mas a matreirice da Itália deitou por terra qualquer intento, ao apontar mais dois golos. Ainda assim, um prémio para a Ucrânia que, na estreia em fases finais de Mundiais, chegar aos 1/4 final!




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