[andebolnacional] Com um brilhozinho nos olhos, recebeu a notícia da primeira chamada para defender as cores do seu país. Começou aos 8 anos, altura em que também praticou natação. Representa a Juve Lis – Juventude Desportiva do Lis há 9 anos e divide o tempo entre a modalidade, onde também ensina os mais novos, e o curso de Relações Humanas e Comunicação no Trabalho, na Escola Superior de Educação, do Instituto Politécnico de Leiria (IPL). Curiosamente, foi ao serviço desta instituição que se sagrou, na época passada, campeã nacional universitária.
Aos 23 anos, Raquel Pinho cumpre um sonho antigo. Momentos antes de partir para o Brasil, fomos ouvi-la.

Primeira chamada à Selecção Nacional. O ano não poderia ter começado melhor…
Realmente não poderia ter começado melhor! Há muitos anos que sonho com este momento! Penso que para qualquer jogador, de qualquer modalidade, o grande sonho é poder representar o seu país.

Vai defender duplamente Portugal, tendo em conta a posição que ocupa – guarda-redes. Como encara esta chamada?
Encaro como uma oportunidade única e, por este motivo, vou fazer o melhor que sei. Vou dar mais que o máximo em cada treino que tiver e em cada oportunidade de entrar em jogo! Se se lembraram de mim, tenho que aproveitar!

A este facto, certamente que não é alheio o percurso da Juve Lis – líder do Nacional de Seniores Femininos da 1ª Divisão – Zona 3. Quais são os objectivos para esta época?
É assegurar a manutenção na 1ª Divisão. Na minha opinião, temos um grupo forte, que vai ser capaz de ficar entre os cinco primeiros classificados, podendo mesmo alcançar um lugar que possibilite entrar nas competições europeias.
A nível pessoal, os meus objectivos são trabalhar dia-a-dia, ao máximo, para continuar a ajudar a equipa a ganhar, a manter-se unida e continuar a integrar as atletas mais novas. Agora, posso sonhar um pouco mais do que há uns dias atrás: continuar a ser chamada à Selecção Nacional!

Voltando às estreias, o primeiro ano que representou o IPL – 2005/06 – valeu o título nacional. Como é competitividade no andebol universitário?
O grau de competitividade é menor! Existem duas ou três equipas boas que são constituídas por algumas atletas federadas, mas também há equipas que não têm. Em alguns casos, atletas que nunca jogaram andebol a não ser nas aulas de educação física!

O título nacional é para renovar?
Jogo sempre para ganhar! Desde que comecei a entrar em competições que me incutiram este espírito! Saíram algumas atletas importantes para a equipa, mas também entraram novas... e de grande valor! Continuamos com uma equipa muito forte. Por isso, é para revalidar o título!

Leiria “dá” 4
A selecção portuguesa, a convite da sua congénere brasileira, encontra-se no continente sul-americano, até ao próximo dia 17, onde realizará dois jogos particulares frente à selecção canarinha. Na convocatória da seleccionadora nacional Paula Castro, destaca-se ainda a presença de três atletas do Colégio João de Barros, Pombal. Eduarda Pinheiro e Inês Catarino, ambas ainda juniores, e Sandra Barbeiro, aumentam, assim, para quatro as representantes do distrito de Leiria na Selecção Nacional. in O MENSAGEIRO